Um idoso de 68 anos faleceu após sofrer uma parada cardiorrespiratória enquanto tentava ser atendido na UPA Carlos Lourenço, em Campinas (SP). Familiares relataram dificuldades no acesso à unidade, incluindo falta de sinalização clara sobre a entrada de emergência e demora no acolhimento. Segundo as irmãs do paciente, um guarda teria orientado que a família entrasse por outra portaria, o que atrasou o atendimento. A prefeitura afirmou que a unidade segue protocolos e que o caso está sob apuração interna.
A Polícia Civil investiga as circunstâncias da morte, enquanto a família registrou um boletim de ocorrência. A UPA não possui câmeras, e a prefeitura informou que a sinalização das unidades de saúde está em processo de atualização. Enquanto isso, dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostram um aumento de 44,7% em processos por danos morais e materiais contra redes de saúde na região, reflexo, segundo especialistas, do maior acesso à informação por parte dos pacientes.
O caso levanta discussões sobre a eficiência do atendimento em emergências e a necessidade de melhorias na estrutura e no treinamento das equipes. A advogada da Comissão de Direito Médico da OAB Campinas destacou que protocolos não devem sobrepor-se à urgência de salvar vidas. A prefeitura reiterou que a UPA tem estrutura para acolhimento, mas familiares e testemunhas questionam a demora e a falta de auxílio imediato ao paciente.