O iceberg A23a, o maior do mundo, com uma área de 3.360 km², encalhou há quatro dias a cerca de 80 km da Ilha Geórgia do Sul, após ser afastado da Península Antártida desde dezembro por correntes marítimas intensas. O evento gerou preocupações quanto ao impacto que ele poderia ter na fauna marinha local, especialmente em relação a filhotes de pinguins e focas, cujos habitats poderiam ser interrompidos. O iceberg também poderia ter colidido com a ilha, o que prejudicaria o fornecimento de alimentos para essas espécies.
O iceberg A23a se desprendeu da plataforma Filchner-Ronne em 1986 e ficou preso no fundo do mar por 30 anos, até se soltar e começar a se mover para o norte. Nos últimos meses, ele foi sendo monitorado de perto enquanto se aproximava da Ilha Geórgia do Sul, percorrendo cerca de 30 km por dia. A ameaça de colisão com a ilha causava apreensão, mas foi evitada após o iceberg ficar encalhado em uma nova posição.
Além dos riscos à fauna, o encalhe do iceberg também impacta a atividade pesqueira da região. A movimentação do bloco de gelo cria dificuldades para os pescadores locais, que enfrentam a obstrução de suas rotas de pesca e potenciais riscos. A desintegração do iceberg pode alterar o ecossistema marinho, afetando tanto a vida marinha quanto as práticas econômicas da área.