O Ibovespa operou em um dia de agenda cheia, com a variação de cerca de mil pontos entre a mínima e a máxima da sessão. O índice fechou com leve alta de 0,29%, aos 123.863,50 pontos, refletindo um volume de negócios de R$ 36,1 bilhões, no contexto de vencimento de opções sobre o índice. No entanto, na semana, o índice acumula uma perda de 0,94%, limitando o ganho do mês a 0,87% e o avanço no ano a 2,98%. O cenário foi marcado por expectativas mistas em relação à inflação no Brasil e nos Estados Unidos, com números divergentes nos dois países.
Entre as principais empresas do índice, o dia foi negativo para a maioria das blue chips, embora Petrobras tenha mostrado leve alta, enquanto Vale recuou 1,25%. Já os grandes bancos apresentaram desempenho misto, mas conseguiram se recuperar no fechamento, com destaques para Santander, Itaú e Bradesco. Na ponta ganhadora do Ibovespa, empresas como RDSaúde, Minerva e Cogna se destacaram, enquanto Azzas, Braskem e Automob apresentaram quedas expressivas, com Azzas sofrendo pela queda de lucro no último trimestre, impactando negativamente sua performance no mercado.
O desempenho da inflação também foi um fator importante, com o IPCA brasileiro subindo 5,06% nos últimos 12 meses, o que reforça as expectativas de alta da Selic para 15%. Nos Estados Unidos, o índice de preços ao consumidor (CPI) apresentou desaceleração, o que gerou sinais divergentes entre os dois países sobre a inflação. A perspectiva de juros elevados no Brasil, junto à incerteza sobre a economia global, especialmente devido ao protecionismo americano, segue preocupando os investidores, limitando o apetite por ativos de risco, como ações.