O Ibovespa iniciou a manhã desta terça-feira, 11, estável, mas rapidamente entrou em terreno negativo devido à cautela com as tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump. O temor é de que essas tarifas elevem ainda mais a inflação e causem uma recessão tanto nos Estados Unidos quanto em outras economias globais. A reação negativa no mercado brasileiro também reflete a queda das bolsas em Nova York, impulsionada pela nova rodada de tarifas anunciadas por Trump contra o Canadá.
No Brasil, não há fatores específicos que justifiquem a queda do índice, mas o dólar em baixa frente ao real é um reflexo da recuperação dos preços do petróleo, enquanto os juros futuros são impactados pela frustração com os dados de produção industrial de janeiro, que ficaram estagnados em relação ao mês anterior. O desempenho fraco da produção contrasta com as expectativas de crescimento e afeta negativamente as projeções para a economia do país.
No cenário internacional, o relatório Jolts, que revela o número de vagas de emprego abertas nos Estados Unidos, mostrou uma leve alta, mas o resultado foi considerado neutro. Esse dado, aliado à crescente pressão de tarifas e à queda nas taxas dos Treasuries, reforçou o mau humor dos mercados. Com isso, o Ibovespa teve uma queda de 0,94% às 11h21, refletindo os desafios econômicos globais e as incertezas no cenário doméstico.