O Ibama liberou a limpeza de uma sonda da Petrobras, qualificada para atuar em um possível projeto de exploração de petróleo na costa do Amapá. Esse procedimento, que faz parte das etapas rotineiras para o deslocamento de plataformas com coral-sol, uma espécie invasora prejudicial à fauna marinha, foi interpretado como um sinal favorável à autorização de exploração na Margem Equatorial. No entanto, o órgão ambiental esclareceu que essa medida não implica uma decisão final sobre a licença ambiental necessária para a exploração.
A limpeza da sonda está prevista para durar cerca de dois meses e é vista por aliados do governo como um indicativo de que o Ibama está preparando o terreno para a concessão da licença. Para a Petrobras, uma das etapas essenciais nesse processo é a simulação de vazamento de óleo na região, para a qual a sonda deve estar presente. Apesar disso, o Ibama não confirmou uma relação direta entre a liberação da limpeza e a futura autorização para a exploração.
A questão tem gerado pressão política, especialmente do ministro de Minas e Energia, que considera a não autorização da exploração como um erro estratégico para o país. A disputa também tem impacto no Congresso, onde muitos aliados veem a autorização como iminente. No entanto, ambientalistas e a ministra do Meio Ambiente expressam preocupação, especialmente com a proximidade da COP30, evento global sobre mudanças climáticas, que ocorrerá em Belém.