O grupo Hamas anunciou a libertação de um refém com dupla nacionalidade, israelense-americano, e a devolução de quatro corpos de pessoas com a mesma nacionalidade, em um contexto de intensas negociações para um cessar-fogo em Gaza. O governo israelense acusou o Hamas de manipulação, enquanto os Estados Unidos criticaram a estratégia do grupo, apontando que ele estaria tentando ganhar tempo nas negociações. As conversas, mediadas pelos Estados Unidos e realizadas em Doha, têm como objetivo um acordo de troca de prisioneiros.
A ação do Hamas seguiu a aceitação de uma proposta dos mediadores internacionais, permitindo que as negociações fossem retomadas. Um representante do Hamas confirmou que os corpos devolvidos pertencem a reféns com dupla nacionalidade, o que complica ainda mais a situação. Israel, por meio do gabinete do primeiro-ministro, afirmou que o Hamas não fez concessões significativas durante as conversas, enquanto os Estados Unidos advertiram que tomariam medidas se os prazos acordados não fossem cumpridos.
As discussões começaram após um longo período de 15 meses de conflito. A comunidade internacional acompanha atentamente o desenrolar das negociações, com ênfase nas possíveis repercussões para a paz na região. O Fórum de Familiares dos Reféns, que representa as famílias afetadas, decidiu não comentar publicamente o anúncio feito pelo Hamas. A situação continua a ser monitorada de perto, com a expectativa de que o acordo de troca de prisioneiros traga algum alívio para as partes envolvidas.