O Hamas afirmou nesta segunda-feira que Israel está tentando reverter os avanços feitos durante a primeira fase do cessar-fogo na Faixa de Gaza, ao pressionar por alternativas que não estariam alinhadas ao acordo original. O grupo expressou seu descontentamento com as propostas de estender a primeira fase ou criar uma fase intermediária, as quais considerou uma tentativa de desfazer o que havia sido acordado entre as partes. Para o Hamas, tais ações seriam uma forma de chantagem, com o governo israelense utilizando a ajuda humanitária como uma moeda de troca.
Israel, por sua vez, aceitou uma proposta do enviado dos Estados Unidos para um cessar-fogo temporário durante os períodos do Ramadã e da Páscoa, mas o Hamas rejeitou essa oferta. A situação permanece tensa, com o Hamas não reconhecendo Israel como um Estado e reivindicando o território israelense para a Palestina. O grupo também mantém reféns e continua a contestar as ações de Israel na região, incluindo os intensos ataques aéreos realizados desde 2023.
A ofensiva israelense em Gaza, que incluiu ataques aéreos e incursões terrestres, resultou em grande deslocamento da população local, o que gerou uma grave crise humanitária, com escassez de alimentos, medicamentos e aumento de doenças. Organizações internacionais, como a ONU, alertaram sobre a gravidade da situação, enquanto Israel busca destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar os reféns detidos.