O Hamas afirmou que as recentes ameaças do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o grupo palestino incentivaram o primeiro-ministro israelense a abandonar o acordo de cessar-fogo com Gaza, além de agravar a situação humanitária na região. Em um post em sua rede social, Trump exigiu que o Hamas libertasse todos os reféns imediatamente, incluindo corpos mantidos pelo grupo, ou enfrentaria consequências graves.
A declaração de Trump ocorreu após informações de autoridades israelenses e da Casa Branca de que os Estados Unidos estavam mantendo negociações diretas com o Hamas, algo que contraria a política tradicional de Washington de não dialogar com grupos considerados terroristas. O governo israelense confirmou estar ciente dessas conversas, que estariam ocorrendo em Doha, no Catar, nas últimas semanas.
Embora as autoridades dos EUA e Israel tenham afirmado que os contatos visam tratar da liberação de reféns e do cessar-fogo, o Hamas acredita que as ameaças de Trump contribuíram para o impasse, levando Israel a adotar uma postura mais rígida. A Casa Branca, por sua vez, reforçou que o enviado dos EUA tem autorização para negociar diretamente com o Hamas.