O Hamas anunciou que só liberará o refém americano-israelense Edan Alexander e os corpos de quatro outras vítimas de dupla nacionalidade que morreram em cativeiro, se Israel cumprir o atual acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. A organização descreveu a proposta como uma oportunidade para reverter a trégua, que precisa ser renovada com a abertura de conversas sobre a segunda fase do cessar-fogo. Essas negociações devem ocorrer no dia da liberação dos reféns e não ultrapassar 50 dias. Além disso, Israel teria que permitir a entrada de ajuda humanitária e retirar-se de um corredor estratégico na fronteira com o Egito.
O Hamas também exigiu a liberação de mais prisioneiros palestinos em troca dos reféns, mas não deu detalhes sobre os corpos dos outros reféns de dupla nacionalidade. A condição de libertação de reféns está diretamente ligada à implementação do acordo de cessar-fogo, que também exigiria que Israel suspendesse suas restrições humanitárias na região.
Não houve resposta imediata de Israel, que estava em período de descanso semanal, e o governo israelense já havia acusado o Hamas de manipulação psicológica quando a proposta foi inicialmente feita. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, havia se pronunciado sobre essa oferta, sugerindo que a proposta fazia parte de uma estratégia do Hamas.