O acordo de trégua entre Israel e o Hamas, iniciado em janeiro de 2025, entra em sua fase final neste sábado (1°), mas ainda não há consenso sobre os próximos passos. A trégua, que foi dividida em três fases, visa garantir a paz temporária após mais de 15 meses de um conflito intenso, que teve início com o ataque de 7 de outubro de 2023, o mais letal na história de Israel. Apesar do cessar-fogo, as negociações sobre as etapas seguintes continuam em andamento e geram incertezas.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou grande preocupação com o risco de retomada das hostilidades, alertando que isso teria consequências devastadoras para a população civil. Em comunicado, Guterres fez um apelo para que todas as partes envolvidas sigam um caminho de moderação e busquem uma solução para avançar nas negociações. Ele ressaltou a importância de um cessar-fogo permanente e a libertação de todos os reféns como medidas fundamentais para prevenir uma escalada no conflito.
Além disso, Guterres reforçou a necessidade urgente de ajuda humanitária para os palestinos, pedindo que a assistência continue fluindo sem impedimentos. O secretário-geral também chamou atenção para a crescente tensão na Cisjordânia, pedindo uma desescalada imediata. O alívio temporário proporcionado pelas seis semanas de trégua foi fundamental para permitir a entrada de ajuda vital e oferecer um respiro tanto para palestinos quanto israelenses.