O presidente da Guiana, Irfaan Ali, denunciou a entrada de um navio militar da Venezuela em águas guianenses, próximo a uma plataforma de petróleo na região de Essequibo, no sábado (1º.mar.2025). A área de Essequibo é alvo de uma disputa territorial entre os dois países, intensificada desde 2015, quando a ExxonMobil descobriu grandes reservas de petróleo na região. Essequibo, que representa 74% do território da Guiana, é estratégico devido ao seu acesso ao Oceano Atlântico.
Como resposta ao incidente, o governo da Guiana convocou o embaixador da Venezuela e anunciou que formalizaria uma queixa contra o país vizinho. Os Estados Unidos e a Organização dos Estados Americanos (OEA) se manifestaram, condenando a ação venezuelana e reafirmando apoio à Guiana. O Departamento de Estado dos EUA classificou o movimento como uma ameaça às instalações da ExxonMobil e uma violação do território guianense, destacando as consequências para o regime da Venezuela caso novas provocações ocorram.
A disputa por Essequibo, que dura mais de um século, é baseada em uma sentença arbitral de 1899, que a Venezuela contesta, alegando que foi injusta. Enquanto isso, a Guiana mantém o apoio internacional, com o respaldo dos Estados Unidos e da OEA, para garantir sua soberania sobre a região rica em petróleo e minerais. A crescente exploração de recursos na área tem ampliado as tensões entre os dois países.