Plantas carnívoras, apesar de sua aparência delicada, são capazes de capturar e digerir insetos, adaptando-se a solos pobres e úmidos, como brejos. Com altura geralmente abaixo de 15 cm, essas plantas desenvolveram armadilhas especializadas, classificadas em três tipos: jaula, sucção e folhas colantes. O Brasil é o segundo país em diversidade de espécies, atrás apenas da Austrália, e fósseis indicam que elas existem desde a era dos dinossauros, há cerca de 65 milhões de anos.
Entre as principais espécies estão a dioneia, conhecida como Vênus papa-mosca, que prende insetos com folhas em forma de jaula, e a drosera, comum na Mata Atlântica, que usa substâncias pegajosas para capturar suas presas. Outras, como a nepentes e a sarracenia, atraem e digerem insetos com estruturas em formato de jarra, enquanto a utricularia, aquática, captura pequenos seres aquáticos com armadilhas complexas. Já a drosofillum, encontrada em Portugal e Espanha, prefere climas secos e imobiliza insetos com secreções viscosas.
Para cultivar essas plantas em casa, é essencial recriar seu habitat natural, usando uma mistura de musgo, areia e pó de xaxim. Posicioná-las perto de janelas assegura luz solar e atração de insetos, funcionando como um controle natural de pragas. Com adaptações únicas e distribuição global—exceto na Antártida—as carnívoras são um exemplo fascinante da evolução vegetal.