O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, implementou uma série de tarifas sobre produtos importados de vários países, intensificando uma guerra comercial com potências globais. Recentemente, a União Europeia foi impactada por essas medidas, incluindo a taxação de 25% sobre aço e alumínio. Em resposta, a UE anunciou tarifas sobre produtos americanos, como motos, barcos e o bourbon, com início programado para 1º de abril. Trump, por sua vez, ameaçou aumentar as tarifas sobre vinhos e bebidas alcoólicas europeias em até 200%, caso as medidas não fossem suspensas rapidamente.
A UE tem mostrado resistência à postura de Trump, com alguns setores, como os produtores de vinhos e champanhes, prejudicados pela escalada das tarifas. A França, que é um dos maiores exportadores de bebidas alcoólicas para os Estados Unidos, já registrou um aumento nas vendas para esse mercado, mas enfrenta dificuldades devido à guerra comercial e a uma investigação antidumping que afetou as exportações de bebidas da União Europeia para outros mercados. A situação se agrava com a ameaça de taxas recíprocas impostas por Trump, que entrariam em vigor em 2 de abril.
A disputa entre os Estados Unidos e a União Europeia não é recente, já que um acordo de 1997 havia reduzido as barreiras alfandegárias e impulsionado o comércio bilateral. No entanto, desde o início da guerra comercial em 2018, as relações comerciais entre os dois blocos foram prejudicadas. A estratégia de Trump de usar tarifas como ferramenta de negociação tem gerado tensões não apenas com a Europa, mas também com outros países, como Canadá, México e China. A disputa continua a afetar a dinâmica econômica global, com impactos significativos para setores estratégicos.