O governo brasileiro adotou medidas para tentar reduzir os preços dos alimentos, zerando as alíquotas de importação de produtos como carne, azeite, açúcar e café. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, explicou que essa isenção de impostos pode incentivar os produtores nacionais a direcionarem uma maior oferta para o mercado interno, ao invés de focar tanto nas exportações. A expectativa é que a concorrência com os produtos importados ajude a controlar os preços no Brasil, embora especialistas alertem que o impacto das medidas pode ser limitado devido à influência dos preços internacionais e de fatores como logística e custos de produção.
Tebet também fez uma crítica à comunicação do governo, ressaltando que a forma como as ações têm sido divulgadas precisa ser mais clara e eficiente. Ela afirmou que o governo deve enfrentar temas difíceis de maneira mais aberta, especialmente em um momento em que a administração lida com desafios para conter a inflação dos alimentos e manter a popularidade do presidente Lula. A comunicação do governo tem sido alvo de críticas internas e externas, o que agrava a necessidade de uma estratégia mais robusta para dialogar com a sociedade.
Além disso, a ministra destacou a importância de fortalecer a integração comercial na América do Sul. Ela sugeriu que, em um cenário global de priorização do comércio regional, o Brasil deve ampliar sua atuação no mercado asiático, especialmente com a China. Tebet apontou que a América do Sul, com 200 milhões de consumidores potenciais, pode se tornar um pilar importante para o crescimento econômico da região, mencionando que a integração regional está pronta para avançar e representar uma nova fase para o comércio entre os países sul-americanos.