O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu isentar de impostos a importação de vários produtos alimentícios com o objetivo de aumentar a competitividade no setor e, assim, reduzir os preços para o consumidor. Entre os itens beneficiados estão carnes, café, açúcar, milho e óleos, como o de girassol e palma. A expectativa é que produtos como carne de frango e ovos tenham uma queda mais rápida nos preços, uma vez que o ciclo de produção desses itens é mais curto e depende de insumos como o milho, cuja importação será facilitada.
Embora a medida seja vista como positiva do ponto de vista dos consumidores, o governo admite que o impacto na economia será limitado devido a fatores externos, como a volatilidade do dólar, e a demora na reposição dos estoques de produtos importados. A medida visa pressionar os produtores nacionais a reduzir preços, mas não há consenso sobre o quanto isso realmente afetará o mercado. Além disso, há incertezas sobre o fluxo de importação de alimentos que o Brasil não costuma trazer de outros países.
A implementação da medida gerou críticas devido à falta de clareza no anúncio, que ocorreu de maneira apressada, sem a devida explicação ao público. O governo ainda não forneceu informações detalhadas sobre o impacto fiscal, como o custo para os cofres públicos e o prazo para a efetiva redução de preços. A Secretaria da Fazenda afirmou que o impacto no orçamento será baixo, já que a importação dos produtos beneficiados é pequena e não representa uma grande parte das compras internacionais do país.