O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião para quinta-feira, 6 de março de 2025, para tratar da alta inflação dos alimentos, um tema crucial para a gestão atual, dado seu impacto direto no orçamento das famílias e nas taxas de popularidade do governo. Ministros e integrantes da equipe econômica, como Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Carlos Fávaro (Agricultura), estarão presentes para avaliar o cenário e discutir soluções. O governo acompanha essa questão desde o início do ano, embora ainda não tenha avançado em uma ação pública específica para mitigar os efeitos dessa inflação.
A inflação de alimentos em domicílios brasileiros foi de 8,23% em 2024, com uma desaceleração no mês de dezembro. No entanto, o aumento persistente ao longo do ano teve grande influência no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que não conseguiu atingir a meta definida pelo Banco Central. O índice fechou 2024 em 4,83%, superando a meta de 3%, com uma tolerância de até 4,5%. A alta nos preços de alimentos, como as carnes, foi um dos principais responsáveis por esse desvio.
O Brasil enfrentou uma inflação de alimentos que foi a quarta mais alta entre os principais países latino-americanos em 2024, atrás apenas da Argentina, Venezuela e Bolívia, países com sérias dificuldades econômicas. A inflação no setor alimentício foi particularmente impactada pela carne, que teve um aumento de 20,84% no ano. Esse cenário preocupante levanta desafios para o governo, que continua a procurar formas de controlar a alta dos preços e melhorar as condições econômicas para os cidadãos.