O governo dos Estados Unidos, sob a administração atual, deportou 524 brasileiros em situação irregular e revogou mais de 300 vistos de estrangeiros, incluindo estudantes que participaram de protestos contra Israel em universidades americanas. O secretário de Estado afirmou que o visto é uma “concessão” e que o governo tem autonomia para cancelá-los quando necessário. Um caso emblemático envolveu uma estudante turca detida por agentes de imigração, acusada de supostos vínculos com grupos terroristas, embora nenhuma prova tenha sido apresentada publicamente.
Os protestos nas universidades, que ganharam força após os conflitos em Gaza em 2023, geraram debates sobre os limites da liberdade de expressão. Pesquisas apontam que 73% dos estudantes judeus relataram casos de antissemitismo, enquanto organizações contabilizaram mais de 1.400 incidentes em seis meses. Especialistas destacam que, embora a Primeira Emenda garanta ampla liberdade de manifestação, ela não cobre discursos que incitem violência ou ameaças específicas.
A pressão do governo também atingiu as instituições de ensino, com investigações sobre supostos atos antissemitas e cortes de verbas federais. A Universidade Columbia, por exemplo, aceitou uma série de exigências, incluindo maior poder para seguranças e a proibição de máscaras em protestos. Analistas alertam que as medidas podem ser vistas como intimidação, levantando preocupações sobre a liberdade acadêmica e o direito à manifestação.