O governo brasileiro anunciou uma medida para reduzir a zero os impostos de importação sobre diversos produtos alimentícios. A decisão foi tomada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, com o objetivo de aumentar a oferta de alimentos e reduzir os preços internos. A medida foi aprovada por unanimidade e começou a valer em 14 de março. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, afirmou que a redução será temporária, mas não especificou a duração da medida.
A lista de produtos beneficiados inclui carnes, café, milho, azeite de oliva, óleo de girassol, açúcar, massas alimentícias, bolachas e biscoitos, entre outros. Embora a redução de impostos tenha como objetivo aliviar a alta nos preços dos alimentos, especialistas alertam que o impacto será limitado, já que muitos desses produtos ainda são afetados pelos preços internacionais, além de custos logísticos e de produção que também influenciam a competitividade do mercado.
Em paralelo, o governo brasileiro criticou a decisão dos Estados Unidos de aumentar tarifas de importação sobre o aço e o alumínio, que afeta as indústrias do Brasil. Alckmin destacou a importância do diálogo e da reciprocidade nas relações comerciais, defendendo que o caminho para resolver essas questões deve ser baseado em soluções mútuas e não em retaliações. A medida sobre alimentos reflete a preocupação do governo com a inflação e a popularidade do presidente, especialmente em um momento de alta dos preços e a proximidade das eleições.