O governo federal apresentou um projeto de lei que visa ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda para pessoas que recebem até R$ 5 mil mensais. Caso aprovado pelo Congresso Nacional, a medida pode entrar em vigor em 2026, com um impacto significativo no salário líquido dos trabalhadores. A isenção será aplicada diretamente na folha de pagamento, sem a necessidade de ajustes anuais durante a declaração de impostos, resultando em um aumento no valor recebido após os descontos.
A proposta beneficiará aproximadamente 90% dos contribuintes do Imposto de Renda, com 65% dos declarantes sendo totalmente isentos. O governo compensará essa perda de arrecadação com a elevação dos impostos para as faixas de renda mais altas, especialmente para aqueles que ganham acima de R$ 50 mil mensais. A medida busca reduzir a carga tributária sobre a classe média e, ao mesmo tempo, aumentar a tributação sobre os mais ricos, com foco em quem recebe mais de R$ 1 milhão por ano.
Além de ampliar a isenção para quem ganha até R$ 5 mil, o projeto também propõe uma isenção parcial para rendas entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, com descontos progressivos. Exemplos de impacto mostram que trabalhadores como motoristas, professores e profissionais autônomos poderão economizar de R$ 1.000 a R$ 3.000 por ano, dependendo de seus rendimentos. Atualmente, a tabela do Imposto de Renda isenta quem ganha até R$ 2.259,20 e oferece descontos para quem ganha até dois salários mínimos, mas a proposta busca beneficiar uma maior parcela da população.