Após a destituição do governo de Luís Montenegro, marcada pela aprovação de uma moção de desconfiança no Parlamento, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, iniciou consultas políticas para avaliar a possibilidade de eleições antecipadas. A situação política tornou-se instável, com o governo de Montenegro perdendo apoio de diversos partidos, o que levou à sua queda. O ex-primeiro-ministro, que assumiu o cargo sem uma maioria absoluta, estava envolvido em polêmicas relacionadas a uma empresa de consultoria da sua família, o que aumentou a pressão política.
Marcelo Rebelo de Sousa está dialogando com representantes partidários para buscar alternativas, que incluem a formação de um novo governo ou a convocação de eleições legislativas antecipadas. As eleições poderiam ocorrer em 11 ou 18 de maio, dependendo da decisão do presidente, que aguarda o parecer do Conselho de Estado. Enquanto isso, Montenegro já declarou sua intenção de concorrer novamente, apesar da crise política que enfrentou.
Pesquisas de opinião indicam que, se as eleições forem realizadas, o Partido Socialista lideraria com 30,8% dos votos, seguido pela Aliança Democrática de Centro, liderada por Montenegro, com 25,8%. O partido Chega mantém uma estabilidade em torno de 17%. O cenário eleitoral ainda é incerto, e a decisão sobre o futuro político do país depende das negociações em curso no Parlamento.