O governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, enviou uma nova rodada de e-mails aos servidores federais, solicitando que relatem as atividades realizadas durante a última semana. A medida visa avaliar o desempenho dos funcionários como parte de um esforço mais amplo para reduzir o número de servidores no governo, uma iniciativa apoiada pelo bilionário Elon Musk e pelo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). Embora a primeira tentativa de coleta de informações tenha sido mal recebida devido a diretrizes pouco claras, a nova abordagem não inclui ameaças de demissão, mas reforça a obrigatoriedade de envio de respostas.
A segunda rodada de e-mails foi enviada pelo US Office of Personnel Management (OPM) a diversas agências governamentais, incluindo o IRS, NOAA e NIH, com o objetivo de garantir mais responsabilidade entre os funcionários. O governo já demitiu cerca de 100 mil trabalhadores federais desde o início da implementação do DOGE, o que tem gerado controvérsias sobre a eficácia e a necessidade de tais medidas. Algumas agências enfrentaram dificuldades devido à perda de funcionários essenciais, como a Food and Drug Administration, que precisou recontratar especialistas para manter a segurança pública.
As ações de Musk e do DOGE têm gerado discussões sobre sua constitucionalidade, uma vez que o bilionário não ocupa um cargo confirmado pelo Senado, levantando questões sobre o poder exercido fora das agências federais tradicionais. Além disso, essas mudanças têm gerado tensões internas na administração de Trump, com algumas orientações conflitantes entre os departamentos sobre como responder à ordem de reduzir o quadro de pessoal. A decisão de continuar com as demissões e o controle mais rígido sobre os servidores federais permanece no centro do debate político e jurídico nos Estados Unidos.