O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil, Geraldo Alckmin, está previsto para se reunir com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, com o objetivo de discutir as políticas tarifárias adotadas pelos EUA. Inicialmente agendada para o final de fevereiro, a reunião foi adiada, e ainda não há nova data definida. O governo dos Estados Unidos impôs tarifas de 25% sobre produtos provenientes do Canadá e México, além de aumentar as taxas de importação da China de 10% para 20%. Essas ações já geraram retaliações por parte dos países afetados.
O Canadá, por meio do primeiro-ministro Justin Trudeau, anunciou tarifas recíprocas de 25%, enquanto o México, liderado por Claudia Sheinbaum, deve apresentar suas medidas no início de março. A China, por sua vez, aplicou tarifas sobre produtos agrícolas e alimentícios dos EUA. Apesar dessas ações, o governo dos EUA indicou que está disposto a negociar novos acordos com o México e o Canadá para suavizar os efeitos dessas tarifas. No entanto, o Brasil ainda não foi diretamente afetado por tarifas específicas, embora o governo norte-americano tenha frequentemente mencionado o país em suas discussões comerciais.
Embora o Brasil não tenha sido impactado diretamente até o momento, um relatório enviado ao Congresso dos Estados Unidos indicou que o país mantém uma tarifa consolidada de 31,4% sobre suas importações, muito superior às tarifas dos EUA. O governo brasileiro está monitorando a situação, mas ainda não possui um plano definido caso o país venha a ser atingido por medidas tarifárias. O ex-presidente Donald Trump continua defendendo tarifas sobre outros países, alegando preocupações com segurança nas fronteiras e o combate ao tráfico de drogas, como o fentanil, o que pode afetar não apenas os parceiros comerciais, mas também os índices de inflação nos EUA.