O Governo de Mato Grosso anunciou a rescisão do contrato com o consórcio responsável pela construção do sistema de Ônibus de Transporte Rápido (BRT) nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande. A decisão foi tomada devido ao não cumprimento do prazo estipulado para a conclusão das obras, que estavam previstas para outubro do ano passado. O governador Mauro Mendes afirmou que o rompimento ocorreu de forma amigável após discussões entre a equipe técnica da Secretaria de Infraestrutura e os representantes do consórcio.
Apesar da rescisão, o contrato estabelece que a empresa ainda deverá concluir as obras já iniciadas até determinado ponto da Avenida do CPA. O governo buscará uma nova solução para garantir a continuidade do projeto, com a possibilidade de uma contratação emergencial, em colaboração com o Tribunal de Contas do Estado. A situação reflete um histórico de dificuldades enfrentadas pelo estado na implementação de grandes projetos de transporte público.
A decisão vem após um histórico de tentativas fracassadas de implantação de sistemas de transporte, como o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que, inicialmente, seria implementado para a Copa de 2014. O projeto, que custou mais de R$ 1 bilhão, foi interrompido e substituído pelo BRT, após uma série de problemas, incluindo questões judiciais e de corrupção. O governo agora enfrenta o desafio de resolver o impasse das obras inacabadas e garantir um sistema de transporte eficiente para a região.