A inflação dos alimentos se tornou uma das principais preocupações do governo, sendo um fator relevante na queda de popularidade da gestão atual. Em resposta ao aumento dos preços, o vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou a redução de impostos de importação para produtos como carne, café, açúcar, milho e azeite de oliva. Além disso, foram propostas ações como a ampliação do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal e o reforço de estoques públicos de alimentos para estabilizar os preços em momentos críticos.
Apesar das iniciativas, especialistas alertam que essas medidas podem ter efeitos limitados. De acordo com o professor de Economia Joelson Sampaio, tais ações são mais eficazes em cenários de choque de produção, e a redução de impostos pode não beneficiar diretamente o consumidor. O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, reconheceu que as medidas são complexas e dependem de diferentes fatores, como problemas climáticos ou de produção de determinados produtos.
O governo acompanha de perto os resultados dessas ações e está preparado para adotar novas medidas caso o impacto esperado não seja alcançado. Mello afirmou que a redução dos impostos de importação deve ter um efeito limitado nas finanças públicas, com uma perda de arrecadação inferior a R$ 500 milhões neste ano. Caso as medidas não se mostrem eficazes, novas estratégias poderão ser discutidas.