O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou que não participará da reunião marcada com autoridades dos Estados Unidos para discutir as tarifas sobre o aço e o alumínio brasileiros, prevista para a próxima sexta-feira (14). Apesar disso, sua equipe manterá o encontro com os representantes norte-americanos, e a expectativa é que o governo brasileiro continue buscando uma solução para o impasse através do diálogo. A medida de taxação de 25% sobre os produtos brasileiros entrou em vigor nesta quarta-feira (12), o que foi lamentado por Alckmin e por outros membros do governo.
O Brasil é o segundo maior fornecedor de aço e ferro para os Estados Unidos, com um mercado significativo, especialmente no setor de aço e ferro. Em 2024, o país exportou US$ 4,677 bilhões em produtos desse segmento, reafirmando sua relevância no comércio bilateral. O governo brasileiro expressou preocupação com os impactos dessa decisão e destacou que buscará ações diplomáticas para defender os interesses nacionais, incluindo o acionamento da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Em uma nota oficial, os Ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e das Relações Exteriores anunciaram que, além da ação junto à OMC, o Brasil buscará alternativas junto ao setor privado para mitigar os efeitos das tarifas. A estratégia do governo inclui a avaliação de todas as possibilidades de ação no campo do comércio exterior nas próximas semanas, com o objetivo de proteger os interesses brasileiros frente às medidas adotadas pelo governo norte-americano.