O governador republicano de Wyoming, Mark Gordon, vetou um projeto de lei que obrigaria mulheres a realizar ultrassonografias antes de receberem medicamentos para aborto. Em uma carta explicando sua decisão, Gordon afirmou que a medida seria excessiva, considerando especialmente as circunstâncias de vítimas de estupro e incesto. O projeto de lei, que também foi criticado por ser invasivo e, muitas vezes, desnecessário do ponto de vista médico, buscava impor requisitos adicionais àqueles que já enfrentam uma situação difícil.
Apesar de ter assinado várias leis antiaborto nos últimos três anos, Gordon questionou a razão e a necessidade de um procedimento tão intimista e invasivo. Ele expressou preocupação com as possíveis consequências negativas para as mulheres envolvidas, especialmente em casos de traumas como abuso sexual. O veto do governador gerou debate sobre os limites das legislações estaduais relacionadas ao aborto, especialmente em estados com políticas conservadoras.
O veto de Gordon é uma resposta a uma onda crescente de legislações em estados conservadores que tentam restringir o acesso ao aborto, embora com variações nas abordagens. A decisão de vetar a lei reflete uma tentativa de equilíbrio entre a promoção de políticas contra o aborto e a proteção dos direitos individuais das mulheres, especialmente em situações delicadas. A discussão continua sendo um ponto central na política do estado, refletindo as divisões mais amplas dentro do país sobre o tema.