O governador de São Paulo minimizou as manifestações contrárias à concessão das linhas 11, 12 e 13 da CPTM, realizada nesta sexta-feira, 28. Em coletiva, ele afirmou que protestos são comuns em processos de transferência para a iniciativa privada, mas destacou que a medida visa melhorar serviços e atrair investimentos. Segundo ele, as linhas 8 e 9 já receberam R$ 4,1 bilhões em investimentos, enquanto as linhas leiloadas hoje terão aportes de R$ 14 bilhões. O governador argumentou que empresas públicas enfrentam limitações orçamentárias para realizar esses investimentos.
O leilão ocorreu sob forte esquema de segurança na B3, após protestos de sindicalistas, que questionam a privatização diante de problemas registrados em outras linhas administradas por concessionárias. A ViaMobilidade, operadora das linhas 8 e 9, assinou um Termo de Ajustamento de Conduta em 2023 após recomendações do Ministério Público para melhorar os serviços. Apesar disso, o governador reconheceu falhas, mas afirmou que elas vêm diminuindo.
O debate sobre a privatização segue polarizado, com o governo defendendo a eficiência da iniciativa privada e sindicalistas alertando para riscos à qualidade do serviço. Enquanto os protestos refletem preocupações de trabalhadores e usuários, a administração estadual insiste que a concessão é necessária para modernizar a malha ferroviária paulista.