O Goldman Sachs aumentou a probabilidade de uma recessão nos Estados Unidos nos próximos doze meses para 35%, quase o dobro da estimativa anterior de 20%. O banco atribui o ajuste ao cenário de crescimento mais fraco, à queda na confiança de consumidores e empresas e à disposição do governo em tolerar impactos econômicos de curto prazo em busca de seus objetivos políticos. A expectativa é que novas tarifas comerciais, com média de 15%, sejam anunciadas nesta semana, potencialmente desencadeando retaliações de outros países.
Além disso, o banco revisou suas projeções para a inflação nos EUA, elevando a previsão do índice PCE (medida preferida do Fed) para 3,5% até o fim do ano, enquanto reduziu a expectativa de crescimento do PIB para 1,0%. O desemprego também deve subir, atingindo 4,5% no mesmo período. Esses fatores indicam uma desaceleração econômica mais acentuada do que o previsto anteriormente.
Diante desse cenário, o Goldman Sachs espera que o Federal Reserve realize três cortes consecutivos na taxa de juros em 2024 – em julho, setembro e novembro – mantendo a taxa final entre 3,50% e 3,75%. O banco destaca que, embora o Fed tenha minimizado preocupações com a inflação, o aumento do desemprego pode se tornar um argumento central para justificar a flexibilização monetária.