O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) e do Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG), iniciou um mutirão de cirurgias bariátricas e metabólicas com o objetivo de zerar a fila de espera para esses procedimentos no Sistema Único de Saúde (SUS). A ação é parte das comemorações do Dia Mundial da Obesidade e busca ampliar o acesso a tratamentos de obesidade e doenças metabólicas. Desde sua criação, o HGG já realizou mais de 1.700 cirurgias bariátricas e 328 metabólicas, com destaque para o programa de cirurgias minimamente invasivas, que visa acelerar a recuperação dos pacientes.
O serviço de cirurgia bariátrica no HGG foi habilitado em 2017, e o hospital oferece uma abordagem multidisciplinar para os pacientes, com acompanhamento de médicos, psicólogos, nutricionistas, entre outros profissionais. De 2020 a 2025, o Programa de Controle e Cirurgia da Obesidade (PCCO) do hospital contabilizou mais de 60 mil consultas. Para os pacientes diabéticos, o HGG oferece também procedimentos metabólicos, que visam tratar e até curar a doença. As cirurgias, tanto bariátricas quanto metabólicas, são realizadas por meio de encaminhamentos feitos na Atenção Básica dos municípios, com base nos critérios estabelecidos para cada tipo de procedimento.
Apesar de ser uma alternativa eficaz para o tratamento da obesidade, a cirurgia bariátrica é vista como o último recurso, após tentativas frustradas com tratamentos clínicos. O processo para se qualificar para a cirurgia envolve uma preparação rigorosa, que pode durar até dois anos. As condições clínicas associadas à obesidade, como hipertensão, colesterol alto e diabetes, são fatores que reforçam a necessidade do procedimento. O médico Luiznei Rocha destaca a importância da prevenção e do tratamento conservador antes de optar pela cirurgia bariátrica.