A futura ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro por suas declarações sobre as tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos. Em resposta a um comentário de Bolsonaro, Hoffmann afirmou que o político brasileiro se mantém firme em sua admiração por Donald Trump e continuou defendendo a posição do governo Lula sobre o impacto das tarifas. Ela explicou que as altas taxas de importação anunciadas por Trump afetam principalmente os consumidores dos Estados Unidos, que enfrentam preços mais altos, além de prejudicar os exportadores devido à redução nas vendas internacionais.
Bolsonaro, por sua vez, havia criticado o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e defendido que Trump não estava taxando seu próprio povo. O ex-presidente sugeriu que o presidente Lula se reunisse com Trump e Elon Musk para discutir as tarifas impostas a outros países, além de sugerir tópicos como o Hamas e acordos com a China. Bolsonaro também mencionou que a exigência de visto para cidadãos norte-americanos poderia afetar o turismo e a economia do Brasil, argumentando que a medida poderia resultar em perda de turistas e receita em dólares.
A medida que suspende a isenção de visto, vigente até 9 de abril, é uma das várias mudanças na política externa do Brasil sob o governo Lula. Além disso, o governo dos EUA anunciou novas tarifas, incluindo uma taxa de 25% sobre importações do Canadá e do México, e uma taxa de 20% sobre produtos chineses. A situação do México foi flexibilizada temporariamente, após uma conversa entre Trump e a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum.