O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, no dia 28 de fevereiro, o convite à presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para assumir a Secretaria de Relações Institucionais, o ministério responsável pela articulação política entre o governo e o Congresso. Ela substituirá Alexandre Padilha, que assumirá o Ministério da Saúde. A decisão de Lula ocorre após semanas de conversas sobre a posição de Gleisi no governo, com a deputada inicialmente sendo considerada para a Secretaria-Geral da Presidência, mas optando por colaborar diretamente com a articulação política do governo.
A nomeação de Gleisi gerou surpresa até mesmo dentro do PT, visto que ela tem um estilo combativo, frequentemente em confronto com grupos do Congresso. Ela foi uma das principais críticas às políticas econômicas do governo e é vista como uma liderança que se posiciona à esquerda dentro do partido. Gleisi, que foi ministra da Casa Civil durante o governo de Dilma Rousseff, tem um histórico de articulação política e foi uma figura chave na organização da campanha de Lula em 2022.
A entrada de Gleisi na Secretaria de Relações Institucionais também traz preocupações dentro do governo, especialmente entre aliados do Centrão, que temem que a sua chegada piore ainda mais as relações com o Congresso. Mesmo assim, Lula destacou a confiança que deposita nela e destacou sua habilidade política. A posse de Gleisi está marcada para 10 de março, e ela seguirá com a missão de fortalecer a relação do governo com o Congresso e garantir alianças para a reeleição de Lula em 2026.