Gleisi Hoffmann (PT-PR), eleita para a Secretaria de Relações Institucionais do governo Lula, afirmou que seu foco será na articulação política e na construção de alianças para as eleições de 2026. Em entrevista, ela destacou que não pretende se envolver em questões econômicas, afastando qualquer especulação de que entraria em conflito com a agenda fiscal do ministro Fernando Haddad. Gleisi reafirmou que sua principal missão será fortalecer a base política para garantir a continuidade do projeto governista nas eleições presidenciais.
A nova ministra, conhecida por sua posição crítica em relação à política econômica de Haddad, reafirmou sua discordância sobre a proposta de contenção de gastos, criticando a meta de déficit zero nas contas públicas, adotada pelo ministro da Fazenda. Em dezembro de 2023, o PT, sob sua liderança, aprovou uma resolução que chamava as medidas de austeridade fiscal de “austericídio”, posicionamento que também foi endossado por Gleisi. Apesar disso, ela assegurou que sua atuação na articulação política não se concentrará em temas econômicos.
Com a nomeação, Gleisi passa a ser a responsável pela construção de alianças no Congresso, com destaque para seu bom relacionamento com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Sua gestão à frente da Secretaria de Relações Institucionais começa no dia 10 de março, com a expectativa de que ela busque fortalecer a base política para a eleição de 2026 e continue a desempenhar um papel central no cenário político do país.