Um rato geneticamente modificado entra em frenesi assassino em um pastiche sangrento inspirado no clássico animação Steamboat Willie, da Disney. O filme, que chega aos cinemas após o vencimento dos direitos autorais do personagem original, repete a fórmula de outras produções recentes de horror low-budget, como as adaptações sombrias de Winnie-the-Pooh. Com atuações e cenas de violência comparáveis a filmes como Sharknado, a trama segue o roedor mutante enquanto ele aterroriza passageiros em uma balsa suja, longe do charme do desenho animado que o inspirou.
A narrativa perde força já nos primeiros 30 minutos, arrastando-se para apresentar personagens descartáveis que pouco importam ao espectador. Diálogos forçados, como frases icônicas da Disney sendo usadas de forma irônica antes de mortes brutais, não conseguem salvar o tom morno e sem originalidade. A iluminação precária e a falta de criatividade nas cenas de terror deixam claro que o objetivo principal é capitalizar em cima de uma brecha legal, não oferecer uma experiência cinematográfica memorável.
Apesar da qualidade questionável, o filme pode, involuntariamente, reacender debates sobre a proteção de propriedade intelectual. Em uma era de remixes e reinterpretações de personagens clássicos, produções como essa podem incentivar mudanças nas leis de direitos autorais. No entanto, é difícil ver qualquer mérito artístico ou cultural em um projeto que parece existir apenas para explorar uma lacuna jurídica, sem trazer nada novo ou relevante para o gênero do horror.