O 3º Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que abrange o período de 2025-2027, aponta que, apesar do benefício do Bolsa Família, 1,3 milhões de famílias brasileiras ainda enfrentam a insegurança alimentar. Esses cidadãos estão em situação de vulnerabilidade devido a dificuldades financeiras, principalmente relacionadas ao aumento dos preços dos alimentos. A alta nos custos de itens essenciais, como alimentação e habitação, está comprimindo o orçamento dessas famílias, comprometendo sua capacidade de adquirir alimentos adequados para a manutenção de uma alimentação saudável e balanceada.
A insegurança alimentar no Brasil é classificada em dois níveis: moderada, quando as pessoas enfrentam dificuldades financeiras e reduzem a quantidade e qualidade dos alimentos consumidos, e grave, quando ocorrem períodos sem acesso à alimentação. O governo federal tem se preocupado com o impacto dos preços dos alimentos, especialmente os ultraprocessados, que são mais baratos e acabam influenciando escolhas alimentares pouco saudáveis, agravando ainda mais os problemas nutricionais das famílias mais vulneráveis. O controle da inflação dos alimentos é considerado uma medida urgente para evitar que o poder de compra da população continue a ser afetado.
O governo também está trabalhando para retirar o Brasil do Mapa da Fome até 2026, conforme um compromisso reiterado no plano. Embora o cenário tenha mostrado uma redução no número de pessoas em situação de fome, ainda há 14,3 milhões de brasileiros afetados. Para enfrentar esse desafio, a Caisan propõe 18 estratégias e 219 iniciativas, com ênfase na região Amazônica e nas mudanças climáticas, que impactam diretamente o direito à alimentação adequada. Essas ações buscam garantir uma melhor distribuição de alimentos e o combate à pobreza alimentar, com foco na melhoria das condições de vida das famílias em situação de extrema necessidade.