Um ex-alto oficial da polícia britânica, que chegou a ser cotado para o cargo mais alto da Metropolitana de Londres, decidiu deixar a carreira após mais de 30 anos de serviço em áreas como sequestro, terrorismo e violência gangster. Em seu livro de memórias, ele descreve a exaustão de estar sempre de plantão, as dificuldades de ser um líder de origem asiática em uma instituição resistente a mudanças e os dilemas éticos que enfrentou durante movimentos como o Black Lives Matter. Apesar do desgaste, ele mantém um profundo respeito pelo trabalho policial quando bem executado, embora critique veementemente seus fracassos.
Text: A rotina incessante, a privação de sono e a impossibilidade de desligar-se do trabalho são alguns dos aspectos que ele não sente falta. O ex-oficial também relata ter testemunhado cenas perturbadoras e enfrentado preconceito dentro da corporação, algo que o motivou a falar abertamente sobre os problemas estruturais do sistema. Sua saída, segundo ele, foi marcada por frustrações com a lentidão das reformas e a cultura interna da polícia, que muitas vezes falha em proteger tanto o público quanto seus próprios agentes.
Text: Apesar das críticas, sua narrativa não é de rancor, mas de alguém que ainda acredita no potencial da polícia como força do bem. Ele compara seu livro a uma “carta de um amor frustrado”, destacando a dualidade de uma profissão que pode ser nobre, mas também profundamente falha. Sua reflexão serve como um alerta sobre a necessidade de transformação nas instituições de segurança pública, sem perder de vista o respeito por aqueles que arriscam suas vidas no cumprimento do dever.