O ex-embaixador Dennis Richardson alertou que os Estados Unidos se tornaram um aliado menos confiável e mais exigente sob a segunda administração de Donald Trump, mas defendeu que a Austrália deve manter o acordo de submarinos Aukus, apesar dos riscos e das crescentes preocupações políticas e militares. Em conferência organizada pelo ex-primeiro-ministro Malcolm Turnbull, Richardson argumentou que a pior decisão no momento seria mudar de rumo, destacando que os maiores obstáculos ao acordo de US$ 368 bilhões são a capacidade orçamentária e a “vontade política”.
O acordo Aukus, que prevê a aquisição de submarinos nucleares para a Austrália com apoio dos EUA e do Reino Unido, enfrenta incertezas devido às mudanças no cenário geopolítico e às prioridades da administração Trump. Richardson enfatizou a importância de persistir com o projeto, mesmo diante das críticas e dos desafios logísticos, para garantir a segurança nacional em um contexto de crescente instabilidade global.
A conferência em Canberra reuniu especialistas em segurança e soberania, que debateram os impactos das alianças internacionais em um mundo em transformação. Embora o acordo Aukus represente um compromisso significativo, Richardson ressaltou que sua implementação exigirá não apenas recursos financeiros, mas também um consenso político interno para superar as divergências e garantir sua viabilidade a longo prazo.