As forças de Israel mataram um comandante do Hamas, identificado como Aysar al-Saadi, durante uma operação militar em Jenin, na Cisjordânia, nesta terça-feira (4). O ataque faz parte de uma ofensiva de semanas contra grupos militantes na região, que provocou o deslocamento de dezenas de milhares de palestinos. Durante a operação, além de al-Saadi, outro agente do Hamas foi morto, e três outros membros foram presos. O Hamas, por sua vez, confirmou a morte de seu comandante, mas reafirmou seu compromisso com a luta contra Israel.
A operação em Jenin, que começou em janeiro após uma trégua no conflito de Gaza, tem sido uma das maiores já realizadas na Cisjordânia. Forças israelenses realizaram buscas intensivas em campos de refugiados e outras cidades do norte da região, como Tulkarm e Tubas. Além disso, as tropas destruíram infraestrutura e casas, forçando os palestinos a abandonar suas residências levando apenas o necessário. Embora os militares israelenses aleguem que não houve evacuação forçada, os palestinos afirmam que as operações tornaram impossível permanecer em suas casas.
Nesta terça-feira, as forças israelenses deixaram o campo de refugiados de Jenin, mas avançaram para outras áreas da cidade, cortando energia elétrica e escavando estradas. Embora o exército permita que os civis saiam das zonas de combate, muitos palestinos sentem que não têm outra opção senão fugir devido aos danos causados pelas operações, incluindo a interrupção de serviços essenciais como água e eletricidade.