A FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas) solicitou recuperação judicial em São Paulo, nesta quinta-feira (13), com o objetivo de proteger seus ativos e renegociar uma dívida de R$ 130 milhões. Esse valor corresponde a menos da metade do faturamento da instituição em 2023, que foi de R$ 318 milhões. A solicitação é uma resposta a dificuldades financeiras, agravadas por passivos relacionados a aluguéis e IPTU de seus campi, que pertencem à família fundadora, além de desafios enfrentados pelo setor educacional.
O reitor da FMU, Ricardo Ponsirenas, afirmou que a medida não impactará a rotina acadêmica, os investimentos ou resultará em demissões. A recuperação judicial é descrita como uma estratégia preventiva para evitar problemas financeiros futuros. A instituição tem enfrentado dificuldades desde 2021, com a restrição do FIES, alta taxa de inadimplência e custos adicionais relacionados ao ensino remoto durante a pandemia.
A disputa com a família fundadora, que envolve contratos de locação de imóveis, também contribui para a crise financeira da FMU. Desde 2020, a instituição pertence ao fundo de investimentos Farallon, após a aquisição do grupo Laureate pela Ânima Educação. A FMU já enfrenta ações judiciais relacionadas aos aluguéis e uma penhora de R$ 7 milhões, além de arbitragens em andamento sobre os contratos de locação.