O cessar-fogo entre Israel e Hamas, negociado em janeiro, mostrou-se instável e acabou sendo desfeito antes de alcançar sua segunda fase. A retirada das forças israelenses e a suspensão das hostilidades não duraram, e logo o exército israelense retomou suas ações militares com bombardeios aéreos e operações terrestres em Gaza. A violência resultante gerou centenas de mortes e reacendeu o lançamento de foguetes contra Israel, com a população civil palestina sendo severamente afetada. Embora Israel afirme que suas ações visam eliminar infraestrutura terrorista, há acusações de que civis estão sendo atingidos indiscriminadamente.
Os analistas já previam dificuldades para a continuidade do acordo de paz devido à falta de apoio interno dentro do governo israelense, com partidos políticos ligados à extrema-direita se opondo a uma suspensão das hostilidades. Além disso, a história das negociações entre Israel e Palestina é marcada pelo fracasso de acordos anteriores, como o processo de Oslo nos anos 1990, o que aumenta a desconfiança em relação a uma resolução duradoura. Enquanto isso, o Hamas continua mantendo controle sobre Gaza, apesar da crescente hostilidade entre a população palestina e o grupo.
O futuro do conflito permanece incerto, com questões não resolvidas como o destino dos reféns israelenses e o impacto da pressão militar sobre o Hamas. Embora haja sugestões de uma nova tentativa de cessar-fogo, a possibilidade de um acordo definitivo parece distante. A solução para o conflito, de acordo com alguns especialistas, poderia envolver a autodeterminação palestina e a criação de um estado independente, mas essa opção depende de mudanças significativas na política regional e na postura das partes envolvidas.