Ao longo da história do Oscar, apenas quatro filmes conquistaram a estatueta de Melhor Filme com três indicações ou menos. A mais recente dessas surpresas ocorreu em 2021, com “No ritmo do coração”, que ganhou na principal categoria, além de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Ator Coadjuvante. Essa raridade traz esperança para produções com um número reduzido de indicações, como o brasileiro “Ainda estou aqui”, que disputa as categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz e Melhor Filme Internacional no Oscar 2025. Embora as chances de vitória sejam desafiadoras, esses precedentes históricos mostram que o inesperado pode acontecer.
O primeiro exemplo de um vencedor com poucas indicações foi “Asas”, de 1929, que obteve apenas duas: Melhor Filme e Melhor Efeitos de Engenharia. O filme, que foi o primeiro a vencer o prêmio principal do Oscar, também foi o único a conquistar essa vitória como uma produção totalmente muda. Outro caso significativo foi o de “Melodia da Broadway”, em 1930, que, embora tenha recebido três indicações, venceu apenas como Melhor Filme, marcando uma das primeiras vitórias de uma produção com som.
A produção “Grande Hotel”, de 1932, é única por ter vencido o prêmio principal com apenas uma indicação, tornando-se o único caso em que isso ocorreu na história do Oscar. Com um elenco estrelado e uma trama ambientada em um hotel de Berlim, o filme foi um marco na premiação. Esses exemplos, ao lado da vitória de “No ritmo do coração” em 2021, mostram que, embora raras, as vitórias de filmes com poucas indicações no Oscar são possíveis, abrindo espaço para surpresas como a que o Brasil espera em 2025.