Aldo Vannucchi, que foi preso durante a ditadura militar em Sorocaba, destaca a importância de manter viva a memória sobre esse período sombrio da história brasileira. Ele enfatiza a relevância de filmes e outras representações artísticas que abordam a repressão do regime, como o longa-metragem “Ainda Estou Aqui”, que conquistou o prêmio de Melhor Filme Internacional no Oscar®. Esse filme trouxe à tona histórias de vítimas da ditadura, incluindo a morte de seu sobrinho, Alexandre Vannucchi Leme, um jovem geólogo morto sob tortura no DOI-CODI em 1973. A luta pela verdade e justiça, segundo Aldo, é fundamental para evitar que atrocidades semelhantes se repitam.
Alexandre Vannucchi Leme, conhecido por seu envolvimento nas lutas pela liberdade, é lembrado pela sua tragédia e pelo seu simbolismo na resistência ao regime militar. Sua morte, seguida de um longo processo de busca por justiça, gerou um impacto profundo em sua família e em toda a sociedade. Em 2023, a Universidade de São Paulo (USP) concedeu a Alexandre e outros estudantes mortos pela repressão diplomas honoríficos, como uma forma de reconhecer suas contribuições e, ao mesmo tempo, prestar uma homenagem tardia a essas vítimas.
Aldo Vannucchi também alerta para o risco de a história se repetir em tempos de crescente polarização política, onde abusos contra minorias e a violência policial ainda são questões presentes no Brasil. Para ele, as memórias da ditadura servem de alerta sobre os perigos da censura, da repressão e da violação dos direitos humanos, temas que continuam a ser relevantes e devem ser constantemente debatidos na sociedade brasileira.