Richard Blair teve uma infância difícil, começando por ser adotado com apenas três semanas de vida. Sua mãe adotiva, Eileen, faleceu aos 39 anos devido a uma reação alérgica ao anestésico utilizado em uma cirurgia, deixando Richard com apenas nove meses. Muitos imaginavam que seu pai, Eric, conhecido como George Orwell, desistiria da adoção, mas ele surpreendeu a todos ao se tornar um pai dedicado para a criança.
George Orwell e Eileen tinham tentado ter filhos por anos, mas Orwell era estéril e a esposa provavelmente sofria de infertilidade devido a um câncer uterino. Após esse longo processo de tentativas e frustrações, o casal finalmente optou pela adoção, e Orwell demonstrou uma devoção incomum à paternidade. Mesmo diante da morte prematura de sua esposa, ele não hesitou em assumir a paternidade de Richard, tornando-se o que o filho descreve como um pai atencioso para a época.
Richard Blair também relembra o grande amor que seu pai tinha pelo desejo de formar uma família, algo que foi fundamental para a relação deles. Além disso, ele reflete sobre a genialidade literária de Orwell e como a figura do pai, mesmo com seus próprios desafios pessoais, deixou um legado de grande influência. A história também faz alusão à fama do escritor e à maneira como ele era visto por aqueles ao seu redor, sem expor detalhes que pudessem comprometer sua imagem.