O aumento no preço do ovo de galinha no Brasil foi impulsionado por uma série de fatores, como questões climáticas, alta na demanda e o custo de insumos essenciais, como milho e farelo de soja. Esse movimento, que teve início na segunda quinzena de janeiro, atingiu seu pico em fevereiro, fazendo com que o ovo fosse um dos responsáveis pela inflação no setor de alimentação e bebidas. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) aponta que o aumento sazonal é comum no início do ano, especialmente durante a Quaresma, quando ocorre maior consumo de ovos e carnes brancas.
Além dos fatores sazonais, o cenário deste ano foi agravado pela alta do preço do milho e pelas altas temperaturas que afetaram as regiões produtoras, impactando diretamente na produtividade das aves. A ABPA também destaca que a escassez de matrizes mais velhas e a dificuldade de reposição imediata contribuem para o aumento nos preços. Outros custos, como embalagens e energia elétrica, também influenciam o preço final do produto. As ações de redução de custos, como a mudança nas tarifas de importação de insumos, são sugeridas como possíveis soluções para mitigar os impactos no preço.
O Brasil é um dos maiores produtores de ovos no mundo e, embora as exportações tenham aumentado em fevereiro, com destaque para os Emirados Árabes Unidos e os Estados Unidos, esse crescimento não teve impacto direto nos preços internos. A previsão de produção para 2025 é de 59 bilhões de ovos, com consumo estimado de 272 unidades por pessoa no país. A expectativa é que, após a Quaresma, a demanda diminua e os preços possam se estabilizar, dependendo da relação entre oferta e demanda no mercado interno.