A prescrição de medicamentos por farmacêuticos é um tema recente de discussão no Brasil, especialmente sobre quais tipos de medicamentos poderão ser indicados por esses profissionais. De acordo com Cinthia Rios, membro da Comissão de Farmacoterapia do Conselho Federal de Farmácia (CFF), medicamentos de tarja preta, assim como os de notificação amarela ou azul, e os classificados para uso exclusivo em ambientes hospitalares, não poderão ser prescritos por farmacêuticos. Essas restrições visam manter o controle rigoroso sobre substâncias que exigem maior supervisão.
A medida foi criada com o intuito de aliviar a sobrecarga do sistema de saúde, permitindo que farmacêuticos prescrevam medicamentos para casos de baixa complexidade, como sintomas menos graves. Rios defende que isso pode melhorar o acesso da população ao atendimento, especialmente em áreas onde há escassez de profissionais de saúde, ao mesmo tempo em que otimiza o uso de recursos para casos mais urgentes. A iniciativa busca criar um sistema de saúde mais eficiente e acessível.
A nova atribuição dos farmacêuticos representa um avanço no modelo de atenção à saúde, sendo fundamentada em uma estrutura legal sólida que visa garantir a responsabilidade na prescrição de medicamentos. O Conselho Federal de Farmácia tem a autonomia para implementar essa medida de forma gradual, atendendo às necessidades da população e respeitando os limites da profissão, conforme as exigências legais e sanitárias.