Mesmo que o Reino Unido consiga evitar as piores tarifas impostas por Donald Trump, o país ainda sofrerá as consequências de uma guerra comercial global. Enquanto isso, a situação econômica interna é preocupante, com a popularidade da chanceler em queda livre, aproximando-se dos níveis mais baixos registrados por seu antecessor. A mídia, tanto de direita quanto de esquerda, critica suas políticas: de um lado, pela carga tributária sobre empresas; de outro, pelos cortes em benefícios sociais, que geram insatisfação entre a população e os parlamentares.
O clima público é sombrio, com pesquisas indicando que apenas metade dos eleitores que apoiaram o partido no poder em 2024 acredita que o governo atual está lidando melhor com a economia do que o anterior. Analistas avaliam que as medidas recentes adiaram problemas fiscais, deixando o governo vulnerável a crises externas. Os cortes planejados em auxílios sociais criaram tensão entre os parlamentares da base, que enfrentam pressão de organizações de defesa de direitos, num conflito que deve se prolongar.
A implementação dessas reduções exigirá aprovação legislativa, dando tempo para que grupos contrários mobilizem campanhas contra o governo. Muitos parlamentares, inclusive os tradicionalmente leais, expressam desconforto com as medidas, que vão contra seus princípios políticos. A situação revela um governo encurralado, tanto por desafios globais quanto por crises internas de confiança e aprovação.