Em fevereiro, o Brasil atingiu um recorde histórico nas exportações de carne bovina, com mais de 219 mil toneladas vendidas no mercado internacional, gerando cerca de um bilhão de dólares em faturamento. Segundo dados da Abiec e do Ministério do Desenvolvimento, o volume representou um aumento de 7,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o valor arrecadado subiu 16,5%, impulsionado pela valorização do dólar. China e Estados Unidos, principais parceiros comerciais, foram responsáveis por mais da metade das vendas, adquirindo juntos 121,3 mil toneladas.
O crescimento é atribuído às dificuldades enfrentadas por concorrentes diretos, como Estados Unidos e Austrália, que enfrentam limitações na produção. O Brasil, maior exportador mundial de carne bovina, tem diversificado seus mercados e ampliado sua presença em regiões com alta demanda, como a Ásia. O acordo recente com o Japão, que deve enviar técnicos para inspecionar as condições sanitárias do setor, representa um passo importante nessa expansão, embora ainda haja desafios burocráticos a serem superados.
O aumento das exportações beneficia a economia nacional, mas especialistas alertam para a necessidade de políticas que estimulem a produção interna, como linhas de crédito para pecuaristas. Enquanto isso, o governo continua a buscar novos mercados, com destaque para as recentes negociações no Vietnã e no Japão, reforçando a posição do Brasil como líder global no setor.
