Em 29 de julho de 2005, uma equipe internacional de pesquisadores, incluindo brasileiros, revelou o planeta anão Éris, situado a cerca de 15 bilhões de quilômetros da Terra. Esse corpo celeste, com uma superfície branca incomum para objetos tão distantes, é considerado um “fóssil” que pode fornecer informações valiosas sobre a formação do Sistema Solar. A definição de planeta anão foi introduzida pela União Astronômica Internacional (UAI) em 2006, com a reclassificação de Plutão e a inclusão de outros corpos, como Éris e Ceres, na nova categoria.
Atualmente, cinco planetas anões são oficialmente reconhecidos: Ceres, Plutão, Haumea, Makemake e Éris. A maioria deles encontra-se além da órbita de Netuno, e suas características incluem formas quase esféricas e órbitas em torno do Sol. Um planeta anão deve ter massa suficiente para que sua gravidade supere as forças de corpo rígido e mantenha seu equilíbrio hidrostático. Essas novas classificações, especialmente a perda do status de planeta de Plutão, causaram debates e reavaliações sobre a definição de planeta no Sistema Solar.
O estudo dos planetas anões é desafiador, já que telescópios atuais não conseguem examinar suas superfícies diretamente. Além disso, a lua de Éris, Disnomia, foi descoberta em 2005, e estimativas indicam que ela é significativamente menor e menos brilhante que o próprio Éris. Ceres, localizado no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, é o planeta anão mais próximo do Sol e apresenta características como uma superfície congelada e um núcleo rochoso. O conhecimento sobre esses corpos celestes continua a expandir, trazendo novas descobertas sobre o Sistema Solar.