Os analistas de mercado indicam que o governo deverá registrar um déficit primário de R$ 75,088 bilhões em 2025, segundo o boletim Prisma Fiscal de março. Essa estimativa é uma melhoria em relação à previsão de fevereiro, que apontava um rombo de R$ 80 bilhões, mas ainda distante da meta fiscal para o ano. Inicialmente, o governo tinha o objetivo de zerar o déficit em 2024 e gerar superávit a partir de 2025, mas mudou a meta fiscal, alterando o alvo de superávit de 0,5% do PIB para um resultado neutro de 0% do PIB.
A projeção para 2026 também foi revisada, mostrando um déficit de R$ 79,468 bilhões, abaixo dos R$ 83,3 bilhões previstos em fevereiro. A expectativa é que o governo consiga alcançar um superávit fiscal de 0,25% do PIB em 2026. A nova regra fiscal busca atingir superávits primários após um resultado neutro em 2024, substituindo o teto de gastos e permitindo maior flexibilidade nas despesas governamentais, com aumento dos gastos limitado a até 70% do crescimento da receita.
Em relação à receita e despesas, as projeções para 2025 indicam arrecadação federal de R$ 2,848 trilhões, com um leve aumento para 2026, alcançando R$ 3,040 trilhões. A estimativa de despesa total para o governo em 2025 foi reduzida ligeiramente, para R$ 2,380 trilhões. No que tange à dívida bruta do governo, a previsão para 2025 é de 80,73% do PIB, com um leve ajuste em relação à estimativa de fevereiro, e para 2026, a projeção é de 84,89%.