O ex-presidente Jair Bolsonaro criticou a proposta de apreensão do passaporte de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro. A medida foi sugerida após acusações de crimes contra a soberania nacional durante uma viagem aos Estados Unidos, feitas pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Bolsonaro argumenta que a intenção da oposição é prejudicar a nomeação de Eduardo para a Comissão de Relações Exteriores, um cargo estratégico no Congresso. A decisão sobre a apreensão depende da Procuradoria-Geral da República (PGR), que avaliará a representação do PT.
O pedido de medida cautelar gerou preocupação no ex-presidente, especialmente considerando o contexto atual, com o fim do prazo para a defesa no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado. O prazo para a defesa de Bolsonaro termina na quinta-feira, mas os advogados do ex-presidente não conseguiram uma prorrogação. A decisão da PGR sobre o passaporte de Eduardo é aguardada com atenção, pois pode influenciar no cenário político e nas estratégias da oposição.
Cristiano Vilela, comentarista político, comentou que não vê justificativa para a apreensão do passaporte, uma vez que medidas desse tipo são normalmente aplicadas quando há risco de fuga, o que não seria o caso de Eduardo Bolsonaro. Ele acredita que a ação do PT tem motivação política, visando enfraquecer o deputado, sem fundamentação sólida para a adoção de tal medida.