O ex-presidente se pronunciou publicamente após ser formalmente acusado por tentativa de golpe de Estado, negando qualquer articulação com comandantes militares para suspender as eleições de 2022. Em declarações feitas em frente ao Senado, ele afirmou que não houve convocação dos conselhos da República e da Defesa, etapa necessária para medidas como um decreto de Estado de Defesa, conforme previsto na Constituição. A acusação, no entanto, sustenta que uma minuta golpista foi discutida em reunião com militares, alegação que ele rejeita, argumentando que discutir dispositivos constitucionais não constitui crime.
Durante o discurso, o ex-presidente repetiu alegações não comprovadas sobre falhas nas urnas eletrônicas e se declarou vítima de perseguição política, comparando o cenário brasileiro a casos como Nicarágua e Venezuela. Especialistas questionam essa narrativa, interpretando-a como uma estratégia de defesa diante das acusações. Enquanto isso, o presidente da Câmara afirmou que o país mantém sua democracia, sem censura ou perseguições políticas.
O caso tem atraído atenção internacional, com o ex-presidente alegando que o julgamento acelerado visa impedir sua participação nas eleições de 2026, mesmo estando inelegível até 2031. O processo segue sob análise do STF, enquanto as discussões sobre o suposto plano golpista e suas implicações continuam a dividir opiniões.